A indisciplina infantil e o TDAH (transtorno do 
déficit de atenção/hiperatividade)
Resumo: Atualmente muito se tem discutido a respeito de assuntos ligados a indisciplina infantil e o TDAH, muitas vezes havendo uma confusão e até mesmo tratado como se fosse a mesma coisa. É frequente crianças serem constantemente rotulados por professores, colegas, e até mesmo pelos pais de rebeldes, mal-educados, indisciplinados, burras, preguiçosas... Por apresentarem uma atenção dispersa, impulsividade, desorganização, impaciência, dificuldade de aprendizagem e de relacionamento. Comportamentos como esses, dependendo da intensidade e frequência, são característicos do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), popularmente conhecido como hiperatividade, classificada pela associação de Psiquiatria Americana (APA). Um diagnóstico incorreto pode acentuar ainda mais os prejuízos causados. Diante do exposto, acredita-se ter relevante importância a identificação do TDAH através de suas sintomatologias, por estudantes e pesquisadores como objeto de estudo, a fim de sanar maiores complicações no decorrer do desenvolvimento infantil.
Introdução
É comum crianças possuírem comportamentos inadequados que causam a 
insatisfação dos pais e responsáveis. Essas crianças normalmente são 
vistas e rotuladas como: mal-educadas, teimosas e inquietas, na maioria 
das vezes esses comportamentos influenciam diretamente no convívio 
social e escolar da criança. Crianças com dificuldades em convívio 
social e escolar têm seu processo de aprendizagem comprometido por 
diversos fatores. Por ser a primeira etapa da vida em que é cobrado algo
 de forma mais rigorosa das crianças, na alfabetização é que são 
percebidos os desvios de comportamentos das crianças. Diante da não 
aprendizagem da criança, os pais e responsáveis procuram explicações 
para os comportamentos inadequados e se utilizam de métodos para reparar
 essa falha no processo, mas infelizmente na maioria das vezes os pais 
deixam de procurar um profissional para diagnosticar se há ou não uma 
patologia e para buscar a solução ou amenização dos sintomas.
Há dois motivos para que uma criança tenha baixo rendimento escolar e
 se comporte de forma impulsiva sem se prender a regras e normas da 
família e sociedade: essa criança pode ser portadora de Transtorno de 
Déficit de Atenção com Hiperatividade ou ser indisciplinada. O TDAH é 
uma patologia que se caracteriza por uma alteração no lobo frontal, 
causada por fatores externos ou genéticos, enquanto que a indisciplina é
 uma falha cometida por pais, responsáveis e educadores, que por algum 
motivo não conseguem submeter às crianças ás regras e normas sociais. 
Para que a criança não tenha seu futuro comprometido é preciso que ela 
seja encaminhada a um profissional que a avalie e faça um diagnostico 
indicando se o motivo de seu comportamento inadequado é patológico ou 
não (TDAH ou indisciplina). Esse diagnóstico exige muita cautela, pois 
os sintomas dos dois problemas são bastante semelhantes.
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade-TDAH
O TDAH é um transtorno neurobiológico, resultante de uma alteração do
 lobo frontal esquerdo, sendo a área do cérebro que conduz o 
comportamento do ser humano. É também neste campo do cérebro que se 
cruzam sistemas neurais ligados à razão, ações, regulagem da velocidade e
 a quantidade de pensamentos. Essa alteração no funcionamento do cérebro
 é provocada pelo baixo nível de dois neurotransmissores, a dopamina e a
 noradrenalina; resultando numa eficiência menor de alteração mínima na 
ação filtrante do lobo frontal (ROHDE, 1999).
O TDAH aparece na infância e segue o indivíduo por toda a vida. 
Segundo Silva (2009, p. 23 apud ROGAR, 2009) “ninguém adquire TDA ao 
logo da vida. Quem tem o transtorno já nasceu com esse tipo de 
funcionamento cerebral”.
Portanto estamos diante de uma disfunção crônica inata, herdada na 
maioria das vezes, visto que a genética tem um papel importante nesta 
alteração. Todavia não se pode excluir os fatores externos que interfere
 na evolução do transtorno, como a nicotina de cigarro, bebidas 
alcoólicas consumidos pela mãe ainda gestante podem causar anormalidade 
na região frontal do cérebro do feto, traumas obstétricos, rubéola intra
 - uterino, encefalite e meningite pós - natal.
Os portadores de TDAH não têm problema de inteligência, ao contrário 
são inteligentes, criativos e intuitivos, porém apresentam dificuldades 
em administrar o tempo, fixar a atenção e dar continuidade ao que 
inicia, não conseguindo realizar todo seu potencial em função do 
transtorno que se caracteriza em três principais sintomas: desatenção, 
impulsividade e hiperatividade. Conforme Rogar (2009, não paginado) “a 
mente de um TDA funciona como um receptor de alta sensibilidade que, ao 
captar um pequeno sinal, reage automaticamente sem avaliar a 
característica do objeto gerador do estimulo”.
Desta forma observam que os TDAHs reagem a pequenos estímulos com 
grandes emoções, falando o que vem a mente, se os comportamentos dos 
TDAHs não forem compreendidos e bem administrados por eles e pelas 
pessoas com quem convive, poderão ocasionar diversas formas de agir 
assim como; agressividade, descontrole alimentar, uso de drogas, gastos 
demasiados etc., percebe-se então que este tipo de ação faz parte dos 
atos impulsivos.        
 Assim é necessário que os TDAHs aprendam a controlar ou redirecionar
 seus impulsos para usufruir de uma vida com qualidade. Segundo Mello 
(2003, não paginado) “a importância de se fazer o diagnóstico na 
infância se deve ao fato de que o tratamento minimizará os 
comprometimentos sociais, escolares e familiares [...]”.
Para identificar o transtorno deve-se consultar um médico para que 
seja analisado o histórico clínico, realizar avaliações de exames 
complementares, tais como exames de sangue, avaliação da visão e 
audição, exames neurológicos e de imagens para descartar diagnósticos 
diferenciais e em seguida seja encaminhado a um psicólogo para uma 
analise detalhada do caso e aplicação de testes.
Conforme a CID-10 (F90.0, perturbações da atividade e atenção) e o 
DSM-IV-TR(2002) para haver um diagnostico de TDAH o paciente tem de 
apresentar claras evidencias de prejuízo clinicamente significativo no 
funcionamento social, acadêmico ou ocupacional; os sintomas não devem 
ocorrer exclusivamente durante o curso de um dos transtornos invasivos 
do desenvolvimento; e o mesmo precisa evidenciar seis ou mais dos 
seguintes sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, os 
quais persistiram por pelo menos seis meses, em grau mal-adaptativo e 
inconsciente com o nível de desenvolvimento (CID-10, 2011):
a) Desatenção
- Em geral deixar de prestar atenção a detalhes;
- Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas;
- Parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra;
- Não segue instruções e não termina seus deveres;
- Tem dificuldade para se organizar;
- Reluta com frequência a engajar-se em tarefas que envolva esforço mental;
- Constantemente perde coisas necessárias para tarefas;
- É facilmente distraído por estímulos alheio à tarefa; e.
- Frequentemente apresenta esquecimento em atividades diárias.
- Frequentemente agita as mãos e os pés ou se remexe na cadeira;
- Em sala costuma abandonar sua cadeira ou em outras situações que exige que o mesmo permaneça sentado;
- Constantemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriada;
- Tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
- Está todo tempo a mil, ou age como se estivesse a todo vapor; e
- Fala demasiadamente.
c) Impulsividade
- Precipita-se em responder perguntas, ates de seu termino;
- Tem dificuldade para aguardar a sua vez;
- E sempre interrompe ou se mete em assuntos de outros;
- Alguns dos sintomas já estavam presentes antes dos sete anos de idade;
- Os prejuízos causados pelos sintomas estão presentes em dois ou mais situações.
Tendo o diagnóstico de TDAH, deve-se começar imediatamente o 
tratamento, que normalmente é combinado de auxilio psicológico de 
fármacos. No Brasil o medicamento mais comum é a Ritalina (essa tem 
duração de 4 a 6 horas, e seu uso é por toda a vida); porem usa-se 
também o Metilfenidato, a Imipramina, a  Nortriptilina, a Bupropiona e 
a   Clonidina (ROHDE, 1999).
O tratamento e a medicação são partes importantes aos TDAHs, pois 
ajuda na concentração. Pais, professores e o próprio portador deve ser 
orientado com técnicas especificas para amenização do comportamento.  
Cerca de 80% dos casos, a medicação ajuda os TDAHs a  reduzir, a 
impulsividade e a agitação (TEIXEIRA, 2006). Atualmente a terapia 
cognitiva comportamental é a melhor indicação para o tratamento na 
obtenção de bons resultados, pois ela trabalha com a psicoeducação dos 
pacientes e dos que os rodeiam. Os TDHs aprendem sobre seu transtorno e 
assim conhecem métodos e técnicas para lidarem melhor com sua 
impulsividade e com os demais sintomas.
 É de suma importância que os profissionais pedagogos conheçam 
técnicas que venha a auxiliar os alunos com TDAH a ter um melhor 
desempenho em sala; e alguns casos em especial é necessário ensinar 
técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades, pois se o 
transtorno não for diagnosticado e tratado corretamente ainda na 
infância pode gerar significantes danos na vida do indivíduo  como na 
vida profissional, social, pessoal e afetiva, podendo ocasionar 
co-morbidades como: ansiedade generalizada, pânico, fobia, depressão, 
etc.
A Indisciplina
A palavra disciplina relaciona-se com o vocábulo “discípulo”, 
“aluno”. É mostrar os confins entre certo e errado, os valores os 
limites; desta forma indisciplina vem de desobediência, desordem e 
rebelião. Essas faltas de limites competem às fronteiras que demarcam o 
que é permitido fazer ou não; obsecrado pelos pais. “Portanto, cada vez 
que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, umas quebras de 
limites, estão fazendo com que seus filhos não compreendam e rompam o 
limite natural para seu comportamento em família e em sociedade” (TIBA 
1996, p. 16). 
Problemas disciplinares aparecem em casos de um contexto familiar 
desestruturado onde não há imposição de limites ou regras, surge também 
em momentos de conflitos familiares ou ainda pelo fato da criança não 
conseguir lidar com determinadas situações. “As crianças aprendem a 
comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente
 com os próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida
 por meio da imitação, da experimentação e da invenção” (TIBA 1996, p. 
15). Portanto se em casa ela tem bons exemplos ela terá um bom convívio 
com a sociedade, mas caso essa criança sentir-se “excluído” de alguma 
forma pela família, ela poderá se adequar à atitude indisciplinada, como
 forma de chamar a atenção dos demais.
Em situação cujos pais são separados; os mesmos costumam depositar um
 no outro a responsabilidade de educar os próprios filhos, gerando 
complicações diversas na personalidade da criança, que nem sempre é 
atendida, convenientemente, as carências da mesma; acarretando na 
colaboração de um comportamento rebelde, devido aos atos tratados, 
desrespeitosamente frente a estes, com brigas infindáveis, ódios, 
disputas judiciais, desejo de vingança, etc.
Por conta dessa atitude irresponsável, a televisão assumiu na atualidade o papel de companheira e educadora de muitas de nossas crianças e jovens, que passam mais tempo assistindo a programas sem nenhum conteúdo moral e quase sempre recheados de pornografia e violências, do que em sala de aula ou com atividades úteis à formação de seu caráter como membro ativo da nossa sociedade (Rebouças, 2004).
Crianças com problemas de disciplina tendem a ter comportamentos 
irritantes, agressivos, de mau humor, impulsivo, entre outros, 
comportamentos esses que fazem a sociedade rotulá-las como 
indisciplinados. Outros motivos que podem levar a essa indisciplina 
infantil é a instabilidade e sofrimento emocional. TIBA (1996) conclui 
que filhos precisam de pais para ser educados, alunos precisam de 
professores para ser ensinados. “Sem a educação dada pelos pais à 
criança não cumpre o seu dever como aluno. Como aprender sem ser educado
 para isso?” (Oliveira, Ricardo Augusto A de.).Não
 se pode esperar, o desejo de querer estudar chegar. Pois tal espera 
pode ser interminável e aterrorizante para os estudantes. 
Se a escola não apresenta um espaço motivacional ou não contribui 
para o desempenho escolar do aluno, e ele não encontra nem mesmo em si 
ou na família, estímulos e dedicação para o aprendizado; em sala será 
transposta as causas do seu insucesso e da sua inadaptação. Sendo que 
consequentemente se manifesta na forma de atos indisciplinares, como 
meio de escapar da sua realidade e inobservância das regras de 
hierarquia ainda não adquiridas pelo aluno. “Em contrapartida o 
professor, cuja função é orientar o processo de aprendizagem não pode se
 ocupar de um papel que não é seu. Até porque o trabalho realizado por 
ele não surtirá efeito se em casa os hábitos de educação não mudarem” (OLIVEIRA, 2010, não paginado).
Cabe aos responsáveis da instituição educacional, a escola, usar 
métodos como: advertência; encaminhamento aos pais ou responsáveis, 
mediante termo de responsabilidade; orientação e apoio, acompanhamento 
temporários, matrícula e frequência obrigatórias. Já os pais devem tomar
 medidas que favoreça a autonomia, sendo, inclusão em programa 
comunitário ou oficial de auxilio e orientação, à família, a criança e 
ao adolescente e requisição de tratamento médico, psicológico ou 
psiquiátrico. “Observa-se então que a culpa da indisciplina escolar é 
múltipla e não pode ser atribuída apenas à família, mas a todo um 
conjunto de fatores, em especial a crise ética na sociedade neoliberal 
que vivemos”(OLIVEIRA, 2010).
Metodologia
Compôs o estudo 29 crianças de ambos os sexos, com idade entre 06 a 
12 anos inseridas no ensino de 1ª a 4ª serie, de duas instituições. Para
 a obtenção dos dados, contamos com o auxilio de profissionais da 
Pedagogia, sendo 11 ao todo; os mesmos avaliaram seus alunos conforme os
 itens do questionário que compõe a Escala. A pesquisa ocorreu no 
município de Rolim de Moura nas instituições Priscila Rodrigues Chagas e
 Aluízio Pinheiro Ferreira.
O teste aplicado compete à Escala de Transtorno de Déficit de 
Atenção/Hiperatividade, versão para professores; este consiste em um 
inquérito de questões fechadas, com alternativa de resposta de múltipla 
escolha, sendo: Discordo Totalmente (DT), Discordo (D), Discordo 
Parcialmente (DP), Concordo Parcialmente (CP), Concordo (C) e Concordo 
Totalmente (CT); elaborado em sua primeira versão com 58 itens, porem 
com a padronização denota apenas 49 itens, divididos em quatro partes, 
sendo, a primeira respondente à área de déficit de atenção, a qual 
contem 10 itens negativos (sabe trabalhar independentemente) e 06 
positivos (se distrai facilmente por barulhos em sala de aula); a 
segunda parte compete a hiperatividade/compulsividade que contem 09 
respostas positivas (mexe-se e contorce-se na carteira) e 03 negativas 
(parece uma criança tranquila); a terceira parte refere-se aos problemas
 de aprendizagem com 06 itens positivos (não rende de acordo com o 
esperado em português) e 08 negativos (é rápido para fazer cálculos); e a
 quarta parte, compreende ao comportamento anti-social o qual aponta 04 
itens positivos ( os colegas da classe o evitam) e 08 negativos (possui 
muitos amigos).
Primeiramente foi solicitado aos responsáveis, pelas duas escolas 
estaduais (os diretores), que assinassem o Termo de Consentimento Livre e
 Esclarecido, no qual foram explicados os motivos de nossa presença e os
 objetivos envolvidos. A coleta de dados se deu por meio de um 
questionário que compete a Escala de Transtorno de déficit de 
Atenção/Hiperatividade, o qual fornecemos pessoalmente aos pedagogos 
para que não houvesse duvidas em seu preenchimento. Os testes foram 
entregues nas próprias instituições de ensino. Para cada profissional da
 educação foram fornecidos no máximo cinco questionários de avaliação 
referente aos seus alunos.
Resultados e Discussão
Após a conclusão das aplicações dos testes, averiguamos as 
frequências e porcentagens de respostas nas quatro partes dos 
questionários respondidos pelos participantes da pesquisa envolvida  - 
os professores, como constam as Tabelas I e II.
De acordo com os dados puderam ser evidenciadas grandes porcentagens 
afirmativas em relação às questões estudadas na pesquisa, sendo que em 
todas as questões os sujeitos da amostra apresentaram maiores 
porcentagens positivas de dificuldade e desatenção do que TDAH como 
consta a Tabela de classificação dos pressentis no manual da Escala de 
Déficit de Atenção/Hiperatividade.
Tabela I. Itens positivos ao TDAH.
| Áreas | Nº de Sujeitos | Percentil | 
| Déficit de Atenção | 24 | 76% a 99% | 
| Hiperat./Comp | 13 | 76% a 99% | 
| Problem. de Aprend | 23 | 76% a 99% | 
| Comp. Anti-Social | 18 | 76% a 99% | 
Tabela II. Itens negativos ao TDAH
| 
Áreas | 
Nº de Sujeitos | 
Percentil | 
| 
Déficit de Atenção | 
05 | 
25% a 75% | 
| 
Hiperat./Comp | 
16 | 
25% a 75% | 
| 
Problem. de Aprend | 
06 | 
25% a 75% | 
| 
Comp. Anti-Social | 
11 | 
25% a 75% | 
Com os dados adquiridos referentes aos 29 candidatos que propusemos a
 analisar,  na tentativa de conhecer as atitudes destes  implicados, 
como sendo TDAHs ou Indisciplinados, diante da visão dos professores e 
que fogem das condutas normais comparadas, às demais crianças de sua 
faixa etária. 24 dos mesmos apresentaram requisitos de Déficit de 
Atenção resultantes em comprometimentos, pois 21 dos participantes 
evidenciam um percentil variante de 76 a 94%, acarretando em um quadro 
acima da expectativa, ou seja, elas encontram-se com mais problemas que a
 maioria das crianças, sendo que 03 crianças atingiram o percentil 
equivalente ao de 95%, revelando um possível transtorno.
 Assim, foi verificado que a maioria da amostra se prontificou, a 
favor do excesso de crianças agitadas em sala, conferente a indisciplina
 e a hiperatividade, sendo que quase todas as questões de TDA 
apresentaram em altas porcentagens de respostas afirmativas. Na área de 
hiperatividade/compulsividade, contivemos 13 crianças que persistiram 
acima da expectativa esperada; o equivalente a 9 das crianças, 
sujeitou-se a um percentil de 76 a 94%, interpretando assim, essas 
incidem a uma problemática que as diferem das outras crianças, 04 se 
encontram em um quadro severo de Hiperatividade/Impulsividade. Nesse 
sentido, a questão que dizia respeito a se avaliar a patologia não 
apresentou maiores porcentagens de respostas afirmativas, seguida pela 
questão relacionada a identificá-la. Nesse contexto, os resultados da 
pesquisa vêm a ser supérfluo, pois não tem como rotular as crianças como
 sendo portadoras do TDAH, já que o teste foi realizado apena com os 
professores, mais conforme a escala pode se dizer que as crianças que 
contiveram alta nos pressentis, apresentam-se no momento sintomas que 
merecem ser acompanhados por um especialista. Já aludindo Problemas de 
Aprendizagem observados; 23 dos sujeitos sobressaíram a media da escala,
 visto que 19% estão acima da expectativa e 04% emergiram a 
probabilidade de Transtorno.
Quanto ao fator Comportamento Anti-Social, 18 dos analisados 
encontram-se com percentil entre 76 a 94%, os quais 13 conferem acima do
 esperado e 5 alude a um severo Comportamento Anti-Social, com gradativa
 possibilidade de transtorno.
A presente pesquisa corrobora os achados de antes divulgados como 
projeto, o qual se conclui o alto grau de indisciplina na infância, que 
nada mais é que a falta de limites estabelecidos pelos pais, os quais 
não se sentem na obrigação de educá-los e depositam esta imensa tarefa 
em terceiros como os professores, por exemplo. Neste contexto o auxilio 
dos profissionais pedagógicos, fora mais que importante. Segundo Rebouça
 (2004) “a formação moral é normalmente relegada a segundo plano ou 
transferida para a escola, como se a escola tivesse a capacidade de 
substituir o papel de nós pais, na formação moral de nossos filhos 
[...]”.
Conclusão
Com base nos estudos realizados percebe-se o quando é importante uma 
diferenciação rápida e eficaz entre a indisciplina e a patologia TDAH, 
um diagnostico correto é fundamental para o desenvolvimento social, 
cognitivo e afetivo da criança, uma vez que o não tratamento correto 
pode vir a comprometer gravemente o dia-a-dia da criança em ambos os 
casos.
Assim é relevante a participação da família como apoio aos 
profissionais que tomaram a frente de um diagnostico e posteriormente o 
inicio de um tratamento adequado. Para que se possa afirmar que uma 
criança é portadora ou não de TDAH é preciso que seja feita uma 
investigação detalhada sobre os diversos ângulos da vida do paciente e 
também que sejam aplicados testes, o mais indicado e utilizado por nós 
foi a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, porém 
com testes isolados não se pode simplesmente diagnosticar os alunos os 
quais apresentaram altos pressentis, pois mesmo sendo um teste preciso, a
 Escala de Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, necessita 
de mais suportes para se diagnosticar, ou seja, é essencial a utilização
 de outros testes como o WISC, COLUMBIA, SNAP-IV, e a própria Anamnese, 
pois essa forneceria informações adequadas sobre o convívio das 
crianças, e uma identificação para a distinção da indisciplina mais 
verídica.
 
 
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