Esquisofrenia

A esquizofrenia: Uma doença que ocupa a maior parte das manifestações psicóticas. Devido a sua grande variedade dos sintomas foi classificada em quatro tipos:

A – Esquizofrenia simples: em que o paciente vive mais o seu mundo interno,  e tem muitas dificuldades de adaptação social.

B – Esquizofrenia hebefrênica: própria da adolescência em que predominam os maneirismos risos sem motivos e atitude de isolamento.

C – Esquizofrenia catatônica: pelas variedades de atitudes estereotipadas, levando a imobilidade por horas e no final podendo levar a imobilidade total.

D – Esquizofrenia paranóica: apresenta-se com delírios e mania de perseguição. Tratamentos difíceis pela insistência e fixação dos sintomas. Pelo bloqueio afetivo são perigosos.

A esquizofrenia do tipo paranóica, é a mais comum de todas as formas de esquizofrenia. Em geral, ela costuma manifestar-se entre 25 e 35 anos, com um curso que pode ser de melhora, estável ou crônico.
Antes de qualquer coisa, precisamos entender, que o doente precisa de "muita paciência" para os que convivem junto à ele e "compreensão" de todos os estágios da doença, para que o dia-a-dia não se torne tão difícil.

Neste tipo de esquizofrenia, o paciente perde o contato com a realidade e busca o isolamento, pois os estados delirantes (falsas crenças) e as alucinações (principalmente as auditivas) são muito confusas para o paciente.

Nos delírios, as características mais comuns são:
As pessoas da televisão falam da vida do paciente (para ele mesmo e para todo mundo), fazendo com que ele se afaste dela.
Aparelhos de rádio também, pois existe uma distorção de que as notícias são a respeito do paciente, ou que ele á a causa daquela noticia que está ouvindo.
Os sentimentos são embotados (o paciente não consegue ou tem muita dificuldade para exprimir) e passa a ter um comportamento "seco", como se todas as pessoas que convivem com ele na casa, fossem pessoas que ele olha como se estivessem andando na rua, absolutamente indiferente.

Pode haver estágios de grande silêncio ou discursos sobre a perseguição que está sofrendo.
Tudo para ele é motivo de perseguição.

Alucinam com sensações de "comida envenenada", água mal-cheirosa, etc...
Mantém seu nível intelectual, podendo manter hábitos como leitura, pintura, ou qualquer outra forma de expressão.

Em geral não saem de casa com medo de serem vítimas de um atentado, ou que "fulano" está esperando ele só colocar o lixo na rua para lhe dar um tiro.
Evitam conversar sobre a doença.
Não gostam de atividade física.
Tem muitas atitudes repetitivas (como andar em circulos por horas).
Trocam o dia pela noite, e tem muita dificuldade para dormir.
Com os medicamentos sendo utilizados corretamente, muitos destes sintomas ficam muito leves, e às vezes são tão poucos que quase não se percebe a doença.
A medicação não pode ser interrompida para que não hajam os "surtos", que podem piorar muito o paciente.
Ele deve ser estimulado a fazer psicoterapia e fazer exercícios físicos, além de uma terapia ocupacional (lembre-se que a inteligência está preservada, ainda que muitas vezes confusa).
Podem tornar-se agressivos caso sintam-se perseguidos, portanto, a exposição a novas situações ou pessoas desconhecidas deve ser feita com calma.
Nunca tenha atitudes ou movimentos muito "bruscos" frente ao paciente, pois para ele pode parecer um ataque e certamente ele vai se defender.
Lembre-se de que ele ainda tem sentimentos, mesmo tendo muita dificuldade para expressar, não isole o doente, pois isso torna seu contato com a realidade ainda mais difícil.

Em geral eles não confiam 100% em ninguém, portanto, faça o jogo dele sempre que necessário, inclusive para dar a medicação ou alimentação. Se ele estiver delirando, faça parte do delírio dele, por exemplo: Ele acredita que o vizinho da frente controla o seu braço e rouba seus pensamentos. Diga que foi a pedido do vizinho que você trouxe a comida para ele, que o vizinho "liberou" o braço paralizado para comer aquela comida.