Falar de fobia, é falar de um
problema mais comum que se imagina. A fobia, ou medo persistente de algo... Não são poucas as pessoas que sofrem esse
problema. Se você que está lendo agora sofre com fobia, espero que esse tema
venha ajuda-lo.
Podemos definir a
fobia, como um medo persistente e sem razão, de um determinado objeto, animal,
atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo real, que
justifique a ansiedade extrema.
A DIERENÇA ENTRE A FOBIA E ANCIEDADE:
A Fobia em si, nem
sempre é uma doença. Pode ser apenas um sintoma de outra causa subjacente –
normalmente é um transtorno mental. Daí podemos observar, que o medo sentido
por pessoas que têm fobia é completamente diferente da ansiedade natural dos
seres humanos.
O medo, por si só,
é uma reação psicológica e fisiológica, que surge como resposta a possibilidade
de ameaça ou alguma situação de perigo. Ao passo que a fobia não segue uma
lógica ou seja não há uma razão, tornando a ansiedade algo incoerente com o
perigo real que aquilo representa.
Normalmente a fobia
é de longa duração, e provoca intensas reações físicas e psicológicas, podendo
até comprometer seriamente a qualidade de vida da pessoa.
Tipos de Fobias
É difícil definir o número de fobias. Segundo os
dicionários médicos há muitas centenas. As fobias, tem seus nomes derivados da
conjunção do nome grego que indica a coisa temida ao sufixo fobia.
As fobias, vão
desde o medo intenso de lugares cheios de pessoas (agorafobia) ou de situações
sociais (fobia social), até o medo de animais, objetos ou situações específicas
(fobia simples).
1. A agorafobia: inclui medo de
espaços abertos, da presença de multidões, da dificuldade de escapar
rapidamente para um local seguro (em geral a própria casa). A pessoa pode ter
medo de sair de casa, de entrar em uma loja ou shopping, de lugares onde há;
multidões, de viajar sozinho. Muitas pessoas referem um medo aterrorizante de
se sentirem mal e serem abandonadas sem socorro em público. Muitas pessoas com
agorafobia apresentam também o transtorno de pânico.
2. Fobia social: é aquela em que a
pessoa tem medo de se expor a outras pessoas que se encontram em grupos
pequenos. Isto pode acontecer em reuniões, festas, restaurantes e outros
locais. As vezes são situações restritas a uma situação, como por exemplo,
comer ou falar em publico, assinar um cheque na presença de outras pessoas ou
encontrar-se com alguém do sexo oposto. Pessoas há que apresentam também baixa
auto-estima e medo de críticas. Usualmente a pessoa nessas situações apresenta
rubor na face, tremores, náuseas. Em casos extremos pode levar a pessoa a isolar-se
completamente do convívio em sociedade.
3. Fobias especificas (ou isoladas): são
aquelas restritas a uma situação ou objeto altamente específicos, tais como,
animais inofensivos (zoofobia), altura (acrofobia), trovões e relâmpagos
(astrofobia), voar, espaços fechados (claustrofobia), doenças (nosofobia),
dentista, sangue, entre outros.
De acordo com o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais, a fobia simples pode ser
dividida em, pelo menos, cinco categorias:
·
Sangue, injeções ou feridas
·
Aspectos do ambiente natural (trovoadas, terremotos, etc.)
·
Animais (aranhas, cobras, sapos, etc.)
·
Situações (alturas, andar de avião, elevador ou metrô, etc.)
·
Outros tipos (medo de vomitar, contrair uma doença, etc.).
As Causas das Fobias
A causa de muitas
fobias ainda é desconhecida pelos médicos. contudo, há fortes indícios de que a
fobia em muitas pessoas pode estar relacionada ao histórico familiar, levando a
crer que fatores genéticos possam representar um papel importante na origem do
medo persistente e irracional.
As fobias também
podem ter uma ligação direta com certos traumas e situações passadas. A maioria
dos problemas psicológicos é motivados por dificuldades que uma pessoa enfrentou
ao longo da vida. Todas as pessoas passam por momentos difíceis, e algumas
delas desenvolvem, com o tempo, sentimentos de angústia que no decorrer do
tempo, tende a evoluir para um quadro de fobia.
Apesar dessas
causas, não estarem totalmente esclarecidas, os médicos e psiquiatras acreditam
que há uma série de fatores, como:
Idade - Alguns tipos de fobia se desenvolvem
cedo, geralmente na infância. Outras ocorrem durante a
adolescência e há aquelas que também surgem no início da vida
adulta, até por volta dos 35 anos de idade.
Histórico familiar – Está provado, que se alguém de sua
família tiver algum tipo fobia, você tem mais chances de desenvolvê-la. Esta
poderia ser uma tendência hereditária, mas muitos especialistas acreditam que
uma criança pode aprender e adquirir uma fobia, somente observando as reações
de uma pessoa próxima, da mesma família, a alguma situação de pouco ou nenhum
perigo.
Temperamento – Outra possibilidade de se desenvolver
uma fobia específica está no temperamento. Se você tiver temperamento difícil,
for sensível e tiver um comportamento mais inibido e retraído do que o normal,
isso pode leva-lo a desenvolver esse problema.
Evento traumático - Uma situação traumática ou uma série
de eventos traumáticos que uma pessoa passe ao longo da vida, podem levar a
desenvolver um tipo de fobia.
Dependem muito do
tipo de fobia que você tem. Todavia, independentemente do tipo, algumas
características são comuns em todos os indivíduos que apresentam fobias:
·
Sentimento de pânico incontrolável, terror ou temor em relação a uma
situação de pouco ou nenhum perigo real.
·
Sensação de que você deve fazer todo o possível para evitar uma
situação, algo ou alguém que você teme.
·
Incapacidade de levar sua vida normalmente por causa de um medo ilógico.
·
Presença e aparecimento de algumas reações físicas e psicológicas, como
sudorese, taquicardia, dificuldade para respirar, sensação de
pânico e ansiedade intensos, etc.
·
Saber que o medo que sente é irracional e exagerado, mas mesmo assim não
ter capacidade para controlá-lo.
COMO TRATAR AS
FOBIAS
· O tratamento, na
maioria dos casos dos medos irracionais principalmente nas crianças, pode ter
um bom resultado, um vez que é mais fácil alterar o estilo cognitivo que aplica
o pequeno sobre as coisas.
· O terapeuta deverá
ter em conta os elementos presentes no momento, em que a pessoa, manifesta a fobia,
as situações que rodeiam esse momento e coisas que fazem, para que o medo se
manifeste.
· Existem certos medicamentos,
que podem ajudar a tratar as fobias, mais normalmente o método escolhido, e que
recomendamos seja a terapia e aprender técnicas de relaxamento. Há situações,
em que esse tratamento medicamentoso, precisa ter o acompanhamento terapêutico.
A terapia pode ser individual, cognitiva comportamental (concentrada em ajudar
a pessoa a aprender novas formas de controlar a ansiedade e os ataques de
pânico quando/se ocorrem) ou terapia familiar.
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