O suicídio é um tema que deve ser conversado e compreendido por nós cristãos, hoje, mais do que nunca. Cada vez mais os índices de suicídios crescem em quase todos os países do mundo. No Brasil, segundo pesquisas feita por especialistas da OMS, a cada 45 minutos, uma pessoa se suicida no Brasil.
Podemos até estranhar esse fato porque raramente
temos notícias dessas mortes nas grandes mídias, mas essa ausência de notícias
é apenas uma precaução tomada para evitar o alarde da população.
Como cristãos precisamos compreender:
1. O que leva alguém a se suicidar
2. O que fazer para prevenir e ajudar pessoas que
pensam em suicídio
Compreendendo essas questões poderemos ajudar não
só pessoas que estão pensando em suicídio como também os familiares e amigos
que também acabam sofrendo.
Por
que alguém pensa em suicídio?
Muitas pessoas procuram na internet tutorais que
ensinam a pessoa COMO SE MATAR, outras leem ou assistem filmes que
incentivam a prática e por fim, muitas vezes, acabam concretizando seus planos.
Mas isso não acontece de uma hora para outra, o suicídio geralmente é planejado
por muito tempo e as situações que levam a pessoa a isso estendem-se por muitos
anos. Existem alguns fatores que predispõem geneticamente os indivíduos a
buscarem o suicídio e alguns desses fatores são circunstanciais, vamos falar
sobre cada um deles nos tópicos abaixo:
·
Propensão genética
Doenças da mente como depressão, esquizofrenia e transtorno de ansiedade geralmente estão
envolvidas nos casos onde há suicídio. Cada indivíduo tem uma chance de
desenvolvê-las de acordo com sua genética. Você pode observar que geralmente os
casos de depressão não são isolados, mas familiares. Irmãos, pais e avós
apresentam episódios depressivos em algum momento da vida.
Precisamos estar conscientes de que as doenças da
mente são extremamente dolorosas, tanto para o indivíduo, como para o seu
entorno. Na depressão, por exemplo, o funcionamento do cérebro e, portanto, do
corpo inteiro altera-se drasticamente. A pessoa começa a enxergar a vida de
maneira extremamente negativa e perde qualquer interesse e alegria que possa
ter tido. O sono, o apetite, a concentração e a imunidade também sofrem com o
processo depressivo, isso porque os hormônios e neurotransmissores do indivíduo
começam a operar de uma maneira muito diferente.
Por essa razão a medicação psiquiátrica (que age
para regular neurotransmissores e hormônios) é muito importante e
imprescindível em muitos casos. Como cristãos, devemos apoiar e não resistir a
esses medicamentos que podem ajudar a curar a dor de tantas pessoas e que,
deste modo, não deixam de ser providência divina (Tg 1:17)
Muitas vezes pessoas que sofrem de transtornos
mentais como esses citados se matam não porque não querem viver, mas porque
querem SER LIVRES DA DOR.
·
Fatores
circunstanciais
Entre os fatores circunstanciais, podemos citar
todas aquelas situações que são difíceis
e que geram stress para o ser
humano: o abandono dos pais, a perda de alguém amado, uma separação, falta de recursos financeiros, o sentimento de culpa por algum pecado, etc.
Essas situações juntamente com as propensões
genéticas desencadeiam os processos doentios, que por sua vez, desencadeiam o
suicídio.
Há também o suicídio
passional, que não tem a ver com doenças mentais, mas que ocorre no momento
de um desespero extremo. É o caso do homem que perde todo o seu dinheiro em um
fracasso financeiro ou de alguém que descobre que tem uma doença fatal.
O
que fazer para prevenir e ajudar pessoas que pensam em suicídio
Algumas maneiras de prevenir o
suicídio são:
·
Cuidar da saúde e praticar exercícios que acelerem
o coração (isso ajuda a regular a saúde mental).
·
Administrar o nível de stress: essa administração pode ser feita de muitas
formas, um bom tempo de oração por dia,
realizar atividades prazerosas, no
mínimo semanalmente, ter um bom período
de sono todos os dias e passar tempo
com pessoas amadas.
·
Sempre ser sincero e aberto
sobre os sentimentos: procurar alguém de confiança para contar o que se
passa no interior.
·
Conhecer a si mesmo e entender minimamente o funcionamento do seu
próprio cérebro e corpo.
Como
posso ajudar?
Uma das coisas mais importantes que você pode fazer
para ajudar alguém que está pensando em suicídio é em primeiro lugar, ouvir sem
julgamentos o que essa pessoa tem para dizer, não se precipite a dar conselhos
e vereditos sobre o que ela está passando, antes disso, esteja presente. Faça
com que ela saiba que pode contar com você, esteja sempre perto,
mesmo que não diga nada. Convide-a para assistir um filme, para um café ou uma
atividade recreativa. Ore com ela. Incentive essa pessoa a procurar ajuda
médica psiquiátrica (de preferência, um profissional cristão) e converse com os
membros da família de uma maneira amorosa e compreensiva. Tente fazer com que a
pessoa encontre um novo “sentido” para sua vida, esse sentido pode se pequeno
como “tricotar sapatinhos de lã para bebês em necessidade” ou “escrever um blog
contando suas experiências de vida”.
Muitas pessoas conseguem sair de quadros envolvendo suicídio pelo simples fato de serem amadas por alguém, isso não só está ao nosso alcance, mas é o que Deus espera de nós: que possamos nos solidarizar com a miséria e com a dor daqueles que lutam para continuar vivos (Mt 22:39).
Muitas pessoas conseguem sair de quadros envolvendo suicídio pelo simples fato de serem amadas por alguém, isso não só está ao nosso alcance, mas é o que Deus espera de nós: que possamos nos solidarizar com a miséria e com a dor daqueles que lutam para continuar vivos (Mt 22:39).
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