sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Criatividade leva a comportamentos antiéticos
Um novo estudo sugere que pessoas criativas são mais propensas a enganar do que as pessoas menos criativas, porque seu talento lhes permite racionalizar a ação. O estudo foi publicado na Revista on-line da Associação Americana de Psicologia da Personalidade e Psicologia Social.
Francesca Gino, autora e pesquisadora da Universidade de Harvard e o co-autor Dan Ariely, Ph.D., da Universidade de Duke , desenvolveram uma série de cinco experimentos para testar se as pessoas mais criativas iriam trapacear em circunstâncias em que eles poderiam justificar seu mau comportamento.
Os pesquisadores utilizaram uma série de testes psicológicos reconhecidos e medidas para avaliar a criatividade dos sujeitos da pesquisa e também testaram a inteligência dos participantes. Em cada um dos cinco experimentos, os participantes recebiam uma pequena quantia em dinheiro pelo número de respostas corretas.
Em certas questões do experimento havia problemas no caderno de aplicação, com as respostas já assinaladas, embora os pesquisadores dissessem que o erro não influenciaria no experimento, fazendo assim com que os participantes pudessem acreditar que se trapaceassem não haveria nenhuma detecção ou problema.
Curiosamente, os pesquisadores descobriram que os participantes mais criativos foram significativamente os mais propensos a trapacearem. No entanto, não havia nenhuma ligação entre a inteligência e a desonestidade - ou seja, mesmo inteligente (defina-se inteligência aqui como lógico-matemática) as pessoas menos criativas não estavam inclinadas para a desonestidade.
Em outro experimento, foram mostrados aos indivíduos do teste desenhos com pontos em dois lados de uma linha diagonal e pediu para indicar se havia mais pontos no lado esquerdo ou do lado direito. Em metade dos 200 ensaios, era virtualmente impossível dizer se havia mais pontos de um lado ou do outro. No entanto, os participantes foram informados de que seria pago 10 vezes mais para cada vez que dissesse que havia mais pontos no lado direito. Como previsto, os participantes mais criativos foram significativamente mais propensos a dar a resposta que paga mais.
"A criatividade ajuda as pessoas a resolver tarefas difíceis em muitos domínios, mas fagulhas criativas podem também levar os indivíduos a tomar rotas antiéticas na busca de soluções para os problemas e tarefas", disse a pesquisadora Francesca Gino.
"A relação entre a criatividade e o comportamento desonesto não tinha sido estudada empiricamente até hoje. Os resultados do presente artigo indicam que, de fato, as pessoas que são criativas ou trabalham em ambientes que promovem o pensamento criativo podem sofrer mais em risco quando enfrentam dilemas éticos".
Fonte: Psych Central
segunda-feira, 14 de novembro de 2011

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Esta postagem, visa levar você leitor a pensar sobre os sonhos. Porque sonhamos? Qual a importância que tem para nós? O que a psicologia ou a psicanalise fala acerca disso? estas são perguntas que procuraremos responder.
“Sonhos são como psicoses passageiras, embora não haja dúvida de que os sonhos não são, em si próprios, fenômenos patológicos.”
Sonhar: é o processo de satisfação de impulsos reprimidos do Id por meio de uma fantasia.
As três partes componentes do Sonho: o conteúdo latente; a elaboração do Sonho; e o conteúdo manifesto.
Conteúdo Latente: são desejos e pensamentos inconscientes que ameaçam acordar a pessoa e transtornar o sono. São elementos do conteúdo latente, por ordem de importância: os impulsos e desejos do Id; as impressões sensoriais noturnas; pensamentos, idéias e preocupações correntes. Todo o conteúdo latente do sonho é inconsciente.
A parte mais importante do conteúdo latente do sonho é a que deriva do Id reprimido, pois dela provém a maior parte da energia psíquica envolvida no sonho. Ela é geralmente infantil e pueril, podendo ter sua origem na infância com o surgimento dos mecanismos de defesa; em contraste com isso, os pensamentos e preocupações do dia anterior e as sensações são correntes, atuais.
Elaboração do Sonho: formação ou seleção de uma fantasia para a satisfação do desejo, que seja aceita pelo Ego e não perturbe o sono.
A elaboração do sonho se divide em três partes: a tradução dos impulsos e desejos do Id para o processo primário e a condensação do produto dessa tradução em uma fantasia; nas atividades defensivas do Ego agindo sobre esse processo de tradução e condensação; e na elaboração secundária.
A tradução dos impulsos e desejos reprimidos do Id para o processo primário ocorre simultaneamente com a tradução das preocupações atuais e sensações noturnas do processo secundário para o processo primário, condensando toda a informação. Por se tratar do processo primário é tudo bastante visual e simbólico, e com a condensação, uma imagem pode representar vários desejos. O objetivo dessa tradução é formular uma fantasia que propicie a descarga dos impulsos reprimidos do Id para que estes não perturbem o sono.
Atividades defensivas do Ego (ou Censor Onírico): agem sobre o processo de tradução e tentam barrar os impulsos do Id, as preocupações correntes e, possivelmente, as sensações noturnas, para que não interfiram no sono. Para barrar as preocupações correntes e as sensações noturnas é utilizado o princípio do prazer, já os impulsos do Id são constantemente antagonizados e são barrados por meio de distorções e disfarces naquilo que será o conteúdo manifesto do sonho. Essas atividades são as principais responsáveis pela dificuldade de se interpretar o sonho.
Elaboração secundária: é uma tentativa do Ego dar lógica e racionalidade ao sonho, traduzindo o que foi sonhado para o processo secundário. Acontece quando tentamos relatar um sonho.
Sonho Manifesto (Formação de Compromisso): é o produto final do equilíbrio entre as forças de defesa do Ego e o Conteúdo Latente do sonho. Quando as forças defensivas não são suficientemente fortes para impedir que parte do conteúdo latente se torne consciente, elas podem tornar esse conteúdo vago, impedindo assim que este se torne totalmente consciente.
Assim, além das vicissitudes sofridas pelo conteúdo latente, partes do sonho podem ser reprimidas. A formação de compromisso irá determinar o quão distante do conteúdo original será o sonho e o quão vago ele será conscientemente.
Pesadelos ou Sonhos de Ansiedade: podem ocorrer devido a uma falha no mecanismo defensivo que permite ao conteúdo latente tornar-se consciente e gerar ansiedade no Ego, ou na forma de sonhos de punição, ou, ainda, como resultado do disfarce e distorção exacerbados dos impulsos do Id por parte dos mecanismos de defesa – neste caso o conteúdo latente aparece de tal forma distorcido que chega a ser assustador.
Sonhos de Punição: o Ego antecipa a culpa (condenação do Superego) se parte do conteúdo latente proveniente do Id encontrar expressão direta demais no sonho manifesto. O resultado é que a fantasia expressa, ao invés de retratar de forma mais ou menos disfarçada algum tipo de gratificação, acaba retratando de forma mais ou menos disfarçada algum tipo de punição.
Duas Teorias do Sonho
1ª Teoria (baseada na hipótese telescópica do aparelho psíquico): A descarga da energia psíquica, ao invés de seguir seu curso normal indo da extremidade perceptiva para a extremidade motora, fazia um arco reverso, voltando à extremidade perceptiva, uma vez que a extremidade motora estaria bloqueada durante o sono.
2ª Teoria (baseada na segunda tópica – hipótese estrutural): Durante o sono ocorre um enfraquecimento da função do Ego de Prova da Realidade e sua profunda regressão a um nível de funcionamento comparável ao da infância muito remota, onde predomina o processo primário de pensamento. Então ocorre um estado em que os pensamentos se manifestam de forma muito visual na forma de imagens pré-verbais e a incapacidade do Ego para determinar se estas imagens são provenientes do meio externo ou do meio interno.
Interpretação dos Sonhos: processo de engenharia reversa onde a tarefa consiste em verificar o conteúdo latente por meio do conteúdo manifesto.
FONTE: PSICOLOGIA RG, POSTADO POR CLÁUDIo
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
As idéias centrais do Behaviorismo, Psicanálise e Gestalt?
1. um método de investigação da mente e seu funcionamento;
2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
3. um método de tratamento psicoterapêutico.
Segundo Freud, o pai da psicanálise, nossa mente teria algumas “regiões” chamadas Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente, onde estados de nossa personalidade (Id, Ego e Superego)
O Behaviorismo (Behaviorism em inglês, de behaviour (RU) ou behavior (EUA): comportamento, conduta), também chamado de comportamentalismo, ou às vezes comportamentismo, é o conjunto das teorias psicológicas (dentre elas a Análise do Comportamento, a Psicologia Objetiva) que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia.
A Gestalt, também conhecida como Terapia Gestalt, é uma abordagem psicológica, que possui uma visão de homem e de mundo pautadas na doutrina holística, na fenomenologia e no existencialismo. A Gestalt-Terapia tem como foco levar as pessoas a restaurar o contato consigo, com os outros e com o mundo. Por ser considerada uma abordagem Humanista, acredita na capacidade do ser humano em se auto-realizar e de desenvolver seu potencial.
As três teorias são de grande importância na educação, uma vez que o professor, está lidando com pessoas, e principalmente, aquele que lida com crianças, adolescentes e até juniores, precisa estar atento ao comportamento do aluno, tanto no aspecto individual, como coletivo, afim de poder ajudar a superar os seus eventuais problemas. O professor que tem conhecimento dessas teorias, está melhor preparado para identificar e lidar com situações conflitantes na vida de seus alunos, que muitas das vezes interferem no processo de desenvolvimento e aprendizagem.
sábado, 15 de outubro de 2011
UMA HOMENAGEM AOS PROFESSORES

O Salmo do Professor
"O Senhor é o meu ajudador; guiarei estes meus alunos sem receio.
Ele me conduz ao Santo dos Santos antes de eu preparar esta lição.
Ele me conduz ao âmago da verdade e prepara a mente dos alunos para a verdade.
Ele me dá a visão da imortalidade destas vidas.
Ainda que eu me desanime e desespere, às vezes, contudo erguerei meu semblante, porque suas promessas nunca falharam em minha vida.
Sua Palavra não voltará vazia, a minha fé fortalecida brilhará pelos anos a fora.
Tu vais adiante de mim, a fim de que a semente plantada cresça.
Estarás ao meu lado no domingo *(ou qualquer outro dia da semana) e falarás através dos meus lábios, de modo que estes meus alunos sintam a proximidade de Deus.
Farás com que cada esforço humilde redunde em frutos por longos anos. Minha alegria é profunda por saber que os meus esforços em Teu nome, permanecerão para sempre.
Certamente que o teu amor e cuidado estarão comigo cada dia da minha vida e um dia viverei com aqueles que conduziram muitos à justiça, para sempre e eternamente.”
Autoria: Rosalee Mills Appleby
sábado, 10 de setembro de 2011
NEUROSES

DEFINIÇÃO:
O termo neurose (do grego neuron (nervo) e osis (condição doente ou anormal)
Este termo foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1787 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso". Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer transtorno mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação à psicose, que causa uma desordem mais severa.
Neuroses são quadros patológicos psicogênicos (ou seja, de origem psíquica), muitas vezes ligados a situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física e/ou da personalidade. De acordo com a visão psicanalítica, as neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes. O que distingue a neurose da normalidade é assim (1) a intensidade do comportamento e (2) a incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e externos de maneira satisfatória [1].
O conceito de neurose está assim intimamente ligado à teoria nosológica psicanalítica, ou seja, à maneira como a psicanálise explica a origem e o desenvolvimento dos transtornos mentais. Por isso psicólogos oriundos de outras escolas, sobretudo da terapia cognitivo-comportamental, foram levados a criticar o termo: como tais psicoterapeutas não trabalham com os conceitos psicanalíticos, um diagnóstico de neurose não tem para eles nenhum sentido prático. Essa crítica levou a uma modificação dos sistemas de classificação de doenças: os atuais sistemas de classificação dos transtornos mentais abandonaram uma abordagem nosológica e adotaram uma descritiva. Isso significa que os transtornos não são mais classificados pela suposta origem do transtorno (por esta ser controversa), mas por seus sintomas observáveis (por estes serem unânimes). Assim, na CID-9 havia uma categoria "Neuroses" de transtornos mentais própria, já com a publicação da CID-10 em 1994 o termo passou a ser usado apenas descritivamente (e não mais "neuroses", mas "transtorsnos neuróticos") e não para todas as categorias que ele tradicionalmente designava[1][2].
TIPOS DE NEUROSES:domingo, 14 de agosto de 2011
Gestão - As Cinco Lições de Ouro
Lição No.1 - Gestão do Conhecimento
Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair dele e está se enxugando.
Se você compartilha informações a tempo você pode prevenir exposições desnecessárias!!!
Lição No.2 - Chefia e Liderança
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio.
Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.
Lição Nº 3 - Zona de Conforto
Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada.
Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar sentado bem no alto.
Lição Nº 4 - Motivação
Na África todas as manhãs uma gazela acordava sabendo que ela deveria conseguir correr mais do que o leão se quisesse se manter viva.
Não faz diferença se você é gazela ou leão, quando o sol nascer você deve começar a correr.
Lição Nº 5 - Criatividade
Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras.
A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos.
domingo, 19 de junho de 2011
DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

Nesse artigo, vamos compartilhar sobre as doenças psicossomáticas que sido uma realidade. A sociedade em geral, constantemente passa por desajustes sociais em vários aspectos da vida humana. Criança, adolescentes, adultos e idosos, são vítimas de problemas psicossomáticos.
A expressão “psicossomático” significa uma relação de mente e corpo: Psiquê (Mente) e Soma (Corpo). A doença psicossomática é definida como complicações na saúde do corpo geradas por problemas de origem psíquica. Os fatores psicológicos passam a influir no metabolismo do corpo e as conseqüências são reais.
Nunca foi tão utilizado o termo “stress” como nos dias atuais. A humanidade parece ter perdido o controle daquilo que gerou e conquistou através dos tempos, mas mesmo assim, continua correndo atrás de uma existência melhor e mais prática e mais sadia, no entanto, o quadro das doenças mentais no mundo inteiro faz soar um aviso que esta corrida esta indo em direção a um caos iminente.
Metade dos leitos dos hospitais nos E.U.A. é ocupado por pessoas com doenças mentais, em muitos casos, enfrentando todos os tipos de fobias. O Brasil também não apresenta um quadro diferente dos E.U.A. Enquanto o tratamento for apenas com relação aos medicamentos que combatem os efeitos no corpo, deixando de lado a origem real no estado emotivo da pessoa, os resultados serão sempre ineficientes.
Aerofobia – medo de avião (medo de voar)
Aracnofobia – Medo de aranhas
Astrofobia – Medo de raios
Agorafobia – Medo de estar em público (medo de ir ao supermercado, restaurante, etc)
Belonofobia – Medo de agulhas
Claustrofobia – Medo de espaços fechados
Hematofobia – Medo de sangue
Hipofobia – Medo de cavalos
Literofobia – Medo da escola, leitura
quarta-feira, 1 de junho de 2011
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
As observações de Freud a respeito de seus pacientes revelaram uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos. A um instinto opunha-se outro; proibições sociais bloqueavam pulsões biológicas e os modos de enfrentar situações frequentemente chocavam-se uns com os outros. Ele tentou ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos estruturais da psique: o ID, o EGO e o SUPEREGO.
O Id – O Id “contém tudo que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição – acima de tudo, portanto, os instintos que se originam da organização somática e que aqui, no id, encontram uma primeira expressão psíquica, sob formas que nos são desconhecidas” (1940, livro 7, pp. 17-18 na ed. bras.). É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, expostas tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. “as leis lógicas do pensamento não se aplicam ao id... impulsos contrários existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro” (1933, livro 28, p. 94 na ed. bras.). O id é o reservatório de energia de toda a personalidade.
O id pode ser associado a um rei cego cujo poder e autoridade são cerceadores, mas que depende de outros para distribuir e usar de modo adequado o seu poder.
Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Freud ressaltou o fato de que materiais esquecidos conservam o poder de agir com a mesma intensidade, mas sem controle consciente.
O Ego – O ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Desenvolve-se a partir do id, à medida que o bebê torna-se cônscio de sua própria identidade, para atender e aplacar as constantes exigências do id. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. Freud descreveu suas várias funções em relação com mundo externo e com o mundo interno, cujas necessidades procura satisfazer.
São estas as principais características do ego: em conseqüências da conexão pré estabelecida entre a percepção sensorial e a ação muscular, o ego tem sob seu comando o movimento voluntário. Ele tem a tarefa de autopreservação. Com referência aos acontecimentos externos desempenha essa missão dando-se conta dos estímulos externos, armazenando experiências sobre eles (na memória), evitando estímulos excessivamente internos (mediante a fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e, finalmente, aprendendo a produzir modificações convenientes no mundo externo, em seu próprio benefício (através da atividade). Com referência aos acontecimentos internos, em relação ao id, ele desempenha essa missão obtendo controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa satisfação para ocasiões e circunstâncias favoráveis no mundo externo ou suprimindo inteiramente as suas excitações. É dirigido, em sua atividade, pelas considerações das tensões produzidas pelos estímulos; despejam estas tensões nele presentes ou não ou são nele introduzidas. A elevação dessas tensões é, em geral, sentida com desprazer e o seu abaixamento como prazer... o ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer (1940, livro 7, pp. 18-19 na ed. bras.).
Assim, o ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas.
Um exemplo pode ser o de um encontro heterossexual. O id sente uma tensão que surge da excitação sexual insatisfeita e poderia reduzir esta tensão através da atividade sexual direta e imediata. O ego tem que determinar quanto da expressão sexual é possível e como criar situações em que o contato sexual seja o mais satisfatório possível. O id é sensível à necessidade, enquanto o ego responde às oportunidades.
O Superego – Esta última parte da estrutura da personalidade se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreveu três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de idéias.Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. “Aquele que sofre (de compulsões e proibições) comporta-se como se estivesse dominado por um sentimento de culpa, do qual, entretanto, nada sabe” (1907, livro 31, p. 17 na ed. bras.).
A tarefa de auto-observação surge da capacidade do superego de avaliar atividades independentemente das pulsões do id para tensão-redução e independentemente do ego, que também está envolvido na satisfação das necessidades. A formação de idéias está ligada ao desenvolvimento do próprio superego. Ele não é, como se supõe às vezes, uma identificação com um dos pais ou mesmo seus comportamentos: “O superego de uma criança é com efeito construído segundo o modelo não de seus pais, mas do superego de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e torna-se veículo da tradição e de todos os duradouros julgamento de valores que dessa forma se transmitiram de geração em geração” (1933, livro 28, p. 87 na ed. bras.).
(Daniel Barbosa de Melo, Psicanalista Clínico e diretor do CETEL)
quarta-feira, 20 de abril de 2011
MENSAGENS QUE EDIFICAM

sábado, 5 de março de 2011
ESTUDOS SOBRE A HISTERIA
José Nilton Barbosa - Psicanalista Clínico
Alguns autores acreditam que a histeria se modifica conforme o contexto sócio-cultural vigente em cada época. A histeria é tão plástica proteiforme que de alguma forma, ela está presente em todas as psicopatologias, sendo que a compreensão dos psicanalistas deixou de ser unicamente da psicodinâmica dos conflitos sexuais reprimidos, mas também como uma expressão de problemas relacionados e comunicacionais (Zimerman, 1999).
Bergeret (2005) fala da estreita relação da histeria com o corpo. A histeria leva plenamente em conta a onipotência da pulsão e assume suas conseqüências “da percepção vertiginosa de seu limite extremo, o desejo de desejo insatisfeito, a sua incorporação maior, a saber, a fantasia incestuosa. É nesse sentido que, com a histeria toda pulsão irá se tornar incestuosa” (Bergeret, 2006, p. 149)
Na raiz dos Estudos sobre a histeria encontra-se uma observação acidental, ponto de origem que conduz a uma descoberta; esse fato primeiro, depois convertido em teoria, irá impulsionar uma série de outras descobertas que nos remetem novamente ao ponto de origem. As idéias irão progredir como se cada transformação do pensamento redescrevesse com novas palavras a fórmula fundamental anunciada na “Comunicação Preliminar”, segundo a qual “os histéricos sofrem predominantemente de reminiscências” (Breuer & Freud, 1891/1991, p. 31).
Por meio desse gesto curioso que nos devolve à origem do livro, Freud e Breuer parecem ter incorporado à investigação teórica um traço do próprio tratamento que aplicam aos pacientes, pois,
se a terapia catártica procura resgatar para o paciente uma lembrança traumática que está na origem da doença, todo avanço teórico deve está acompanhado por um retorno a este começo da teoria, algo que se faz notar nas passagens em que este artigo de abertura é citado: quanto mais reafirmam o valor deste começo, mais eles terminam por afastar-se de seu conteúdo. A idéia de uma simples “retomada” da “Comunicação Preliminar” perde a nitidez se consideramos que a referência ao passado serve mais para aproximá-lo de um novo presente que ilumina a descoberta inicial. Trata-se, enfim, de uma reinvenção do começo. Tentaremos compreender nestes termos o comentário de Freud sobre os primórdios do livro em seu capítulo final:
A histeria foi causadora de muitas polêmicas durante séculos. Vários estudiosos como Charcot, Breuer e Freud, reuniram-se para um estudo dos sintomas somáticos que tal doença causava.
Mas, foi Freud quem descobriu no caso da histeria, conversões chamadas de traços etiopatogênicos importantes, onde a crise emocional emergia sob forma de conversões que até hoje são vistas, mas com grau menos intenso. Freud dá um certo lugar a histeria.
Estudos mais específicos sobre a histeria, foram realizados.
E o primeiro a estudar sobre esse assunto foi Jean Charcot (1825-1893) ele começou a sua investigação de forma metódica dos sistemas histéricos, através do método de observação clínica. Com esse estudo ele forneceu uma descrição esquemática de um ataque histérico, que se divide em três fazes: Fase epileptóide, fase dos movimentos amplos, fase alucinatpória e faze do delírio terminal, Concluindo que o elemento degenerativo era a base comum de todos os sintomas da histeria.
Benheim, um dos discípulos de Charcot, concluiu que todos os fenômenos descritos por seu mestre, como histéricos, podiam ser desenvolvidos por via sugestiva. Assim a sugestão não é propriamente um fenômeno histérico, mas faz parte em maior ou menor grau do acervo psicológico do homem.
Baninski, um outro estudioso do assunto, separou a histeria patológica nervosa, aproximando a sugestão hipnótica, como um efeito da persuasão. Para Babinski, a essência da histeria é a sugestão. Ele estabeleceu como axioma que, “O Histérico , é tudo aquilo que vem pela sugestão e é removido pela persuasão”.
Pierre Janet, procurou estudar a relação entre a histeria, a hipnose e a auto-motivação psicológica desenvolvendo sobre a primeira os conceitos de “tensão psicológica” e “dissolução” e “sub-consciência”. Para ele, esse abaixamento se constitui num defeito pessoal, indicador de deficiência constitucional, em que a estrutura das consciência do histérico está fundamentalmente alterada, possuindo uma atitude para viver intensamente as imagens e para hipnotizar-se por elas.
Freud estudou a histeria partindo da idéia de que os sintomas da mesma, se originavam no inconsciênte dos enfermos. Ele mostrou em síntese, que a maioria dos fenômenos histéricos era o resultado de repressão no inconsciente dos sentimentos, desejos e temores que expressam.
Mas tarde, essa teoria de Freud foi aplicada como um recurso da idéia de “repressão”, por entenderem que a neurose histérica está caracterizada desde a sua estrutura até a fase edipiana genital. Com base nessa idéia, a histeria seria então considerada uma neurose edípica.
A personalidade histérica, se apresenta mais nas mulheres que nos homens, com seu caráter em três aspectos fundamentais, como: Sugestionalidade, Mitomonia e Alterações Sexuais.
Para Kretschmer, toda pessoa com um sistema nervoso débil ou com uma situação extrema, é capaz de produzir um ataque de estados histéricos.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
COMO CRESCER NA CRISE

Crise, é um termo utilizado para referir-se a problemas em diversas áreas.
Mas, o que é crise?
Crise ( do grego κρίσις,-εως,ἡ translit. krisis; em português, distinção, decisão, sentença, juízo, separação)Crise significa "decisão" ou "separação", entre uma situação e outra...
No campo da Psicologia, em particular da Psicologia do Desenvolvimento, o conceito de crise é explicado como toda a situação demudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde a momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa face a momentos como este. É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjectivamente.
A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem ser tanto externos, como internos. Toda crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem toda crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reação.